Em um mundo cada vez mais conectado, nossos acessórios começam a assumir funções que vão muito além de um simples complemento de estilo. A integração entre tecnologia e vida cotidiana trouxe os dispositivos vestíveis multifuncionais para o centro das atenções.
Os wearables incluem smartwatches, pulseiras fitness, smart rings e fones inteligentes que se conectam a smartphones para rastrear saúde, receber notificações e, agora, processar pagamentos. Essa evolução caminha lado a lado com a demanda por pagamentos sem contato e a digitalização dos hábitos de consumo, intensificada após a pandemia.
Dados recentes revelam uma dinâmica interessante no Brasil. No segundo trimestre de 2023 foram vendidas cerca de 1,47 milhão de unidades, um crescimento de 6,4% em relação ao mesmo período de 2022, quando o total chegou a 1,38 milhão. Embora a receita doméstica tenha caído para R$ 991,2 milhões no primeiro trimestre de 2023 (-19,7% vs. 2022), observa-se um movimento de retomada impulsionado por modelos mais acessíveis.
No cenário global, o segmento de pagamentos móveis deve alcançar USD 5,12 trilhões em 2025 e saltar para USD 21,79 trilhões até 2030, com um CAGR de 33,5%. Esses números indicam que a adoção de soluções sem dinheiro físico cresce em ritmo acelerado.
As projeções para os próximos anos indicam transformações profundas na forma de pagar e ser pago. Entre elas, destacam-se:
O uso de wearables para transações oferece benefícios claros:
Apesar do potencial, existem obstáculos que precisam ser enfrentados:
Com a popularização de 5G e IoT, os wearables se tornarão peças-chave em um ecossistema de cidades inteligentes. A fusão entre transportes, eventos, varejo e saúde criará novas experiências de consumo e formas de interação com serviços.
As fintechs, bancos digitais e gigantes de tecnologia já investem em parcerias para integrar recursos financeiros em um só dispositivo, transformando nossos acessórios em verdadeiras carteiras digitais inteligentes. O Brasil, graças ao Pix e ao engajamento do consumidor, desponta como modelo para o resto do mundo.
É essencial também educar o público sobre os riscos do mercado paralelo e os benefícios dos produtos originais, garantindo garantia e suporte adequado. Ao mesmo tempo, aumentos de escala devem reduzir preços e ampliar o acesso, seguindo uma tendência global que aponta para maior inclusão dos desbancarizados.
Em suma, wearables e pagamentos caminham juntos rumo a um futuro em que a conveniência estará sempre na palma da mão, transformando a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o dinheiro.
Referências