As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) representam mais de 90% do tecido produtivo no Brasil, mas enfrentam um desafio histórico: apesar de sua quantidade, respondem por menos de 30% do PIB nacional. Esse paradoxo das PMEs revela uma oportunidade única de crescimento, tanto para o país quanto para os próprios empreendedores.
Ao explorar novas fronteiras, essas empresas podem converter obstáculos em trampolins, descobrindo tesouros escondidos na economia global. Este artigo detalha dados, estratégias e histórias que inspiram a internacionalização e fortalecem o papel das PMEs no mundo.
No Brasil, PMEs são a maioria, mas concentram uma fatia reduzida da riqueza nacional. Enquanto grandes grupos econômicos dominam 63,5% do PIB, milhares de empreendedores permanecem restritos ao mercado interno.
Esse cenário ressalta a urgência de romper barreiras. Ao expandir para além das fronteiras, as empresas podem aliviar riscos sistêmicos e diversificar suas fontes de receita, transformando-se em protagonistas de uma nova era de crescimento.
Entre 2008 e 2024, o número de PMEs exportadoras brasileiras mais do que dobrou, passando de 5 mil para 11.469. Nesse período, iniciativas como o programa Exporta Mais Brasil geraram expectativas de negócios superiores a US$ 125 milhões.
Essa aceleração mostra que o *momento de internacionalizar* chegou. Com os recursos certos, pequenas companhias podem atingir mercados antes inimagináveis.
Determinar onde apostar é fundamental para otimizar recursos e maximizar resultados. Alimentos e bebidas, cosméticos, moda, móveis e produtos sustentáveis têm apresentado demanda crescente no exterior.
Esses segmentos se beneficiam de acordos comerciais e da valorização de marcas criativas, favorecendo empresas que combinam autenticidade com inovação.
Ao alcançar novos mercados, as PMEs conquistam acesso a novos mercados e podem reduzir sua dependência do cenário interno. Esse movimento traz vantagens que vão além do faturamento:
Além disso, a interação com clientes globais e fornecedores internacionais eleva o padrão de competitividade, levando a aprimoramentos em processos internos e no desenvolvimento de produtos.
Concorrer em mercados internacionais envolve superar barreiras regulatórias, tributos, diferenças culturais e custos elevados de transação. No Brasil, por exemplo, 80% dos pagamentos internacionais levam mais de quatro dias e podem acarretar taxas de até 30%.
Ao unir tecnologia, criatividade e redes de apoio, as PMEs superam entraves e se posicionam de forma estratégica no mercado global.
Programas como ExportaSP, ApexBrasil e o futuro Acredita Exportação oferecem capacitação, agendas de negociação e restituição tributária para PMEs exportadoras. A sanção de incentivos fiscais pode devolver até 3% dos tributos federais, aliviando o custo das operações internacionais.
Além disso, acordos bilaterais e multilaterais facilitam o acesso a novos destinos, aumentando a competitividade e reduzindo tarifas alfandegárias.
Empresas que adotam uma abordagem de internacionalização rápida entram em mercados estrangeiros logo após o início de suas atividades, garantindo dinamismo e maior fluxo financeiro.
Essas táticas, aliadas a parcerias com associações e redes como a Enterprise Europe Network, criam um ambiente propício para o crescimento sustentável.
O cenário global exige uma redistribuição de protagonismo. Com dados que mostram crescimento de 26% no faturamento e 40 milhões de produtos comercializados no primeiro semestre de 2025, as PMEs brasileiras já despontam como agentes de mudança.
À medida que enfrentam e vencem desafios, essas empresas pavimentam um caminho de inclusão econômica, geram empregos de qualidade e fortalecem a posição do Brasil no comércio mundial. Investir na internacionalização das PMEs é, portanto, investir no futuro de todas as nações envolvidas.
Referências