O Open Banking revoluciona a forma como gerimos nossas finanças, promovendo uma cultura de transparência e colaboração. No Brasil, esse movimento tem ganhado força, abrindo caminho para inovações que beneficiam consumidores e instituições.
Open Banking é a iniciativa que permite aos usuários autorizarem o compartilhamento de seus dados financeiros entre instituições via APIs padronizadas, com base no consentimento explícito. Já o Open Finance expande esse conceito para investimentos, seguros e previdência, criando um ecossistema integrado.
O Brasil é referência global nesse modelo, destacando-se pela modelo brasileiro é um dos mais avançados em termos de escopo e interoperabilidade. Enquanto o Reino Unido iniciou o movimento em 2018, nossa regulação contempla setores adicionais como seguros e investimentos, ampliando o leque de serviços disponíveis.
Desde 2020, o Banco Central do Brasil conduz o projeto por meio de resoluções e circulares, estruturando fases de implementação que avançam gradualmente para garantir segurança e robustez.
A governança definitiva, composta pelo Banco Central, CMN e representantes de mercado, assegura supervisão constante e voto proporcional, fortalecendo a compromisso com segurança dos dados em cada etapa.
Os resultados em 2025 mostram a maturidade do sistema e o engajamento dos usuários e instituições financeiras.
Comparado ao Reino Unido, o Brasil possui 1,45 consentimentos por usuário, superando o modelo europeu em engajamento e alcance.
O Open Finance eleva o padrão de competitividade e inovação no setor financeiro, beneficiando diretamente o consumidor.
Estudos da Febraban indicam quase 30% da população bancarizada já faz uso dessas funcionalidades, superando o Reino Unido, onde o índice é de 21%.
O ecossistema de Open Finance mapeou mais de 138 casos de uso, destacando inovações que trazem valor imediato:
Cada funcionalidade reforça a ampliação do acesso a crédito e a independência do consumidor frente às grandes instituições.
Apesar dos avanços, obstáculos técnicos e culturais ainda limitam o potencial pleno do Open Finance no Brasil.
Há resistência de algumas empresas em aderir à infraestrutura, além de complexidades de integração e integração técnica e interoperabilidade. O consumidor também precisa ser educado para compreender todos os benefícios e os mecanismos de segurança envolvidos.
Até 2026, espera-se a consolidação de novas funcionalidades, como crédito consignado portátil e expansão para serviços de previdência privada. O foco recairá na mensuração de benefícios concretos, promovendo casos práticos que reforcem a confiança no sistema.
Internacionalmente, o Brasil já é observado como modelo por diversos países da América Latina, Europa e Ásia, o que reforça o compromisso nacional com a inovação e a segurança dos dados.
O Open Banking representa uma transformação profunda na relação entre usuários e instituições financeiras. Ao promover competitividade e personalização de serviços, o sistema beneficia toda a sociedade, oferecendo mais oportunidades de inclusão e eficiência.
Com governança robusta e investimentos contínuos, o Brasil caminha para se tornar referência global definitiva em Open Finance, construindo um futuro financeiro mais transparente, justo e colaborativo.
Referências