Em um mundo cada vez mais conectado, proteger seus ativos financeiros tornou-se uma prioridade inegociável. No Brasil, onde a inovação digital avança a passos largos, a exposição a riscos cibernéticos cresce na mesma proporção.
O país figura como um dos maiores alvos de crimes cibernéticos, sendo o terceiro mais atacado nas Américas em 2025 e o primeiro na América do Sul. Apesar de iniciativas pioneiras, como PIX e Open Banking, a digitalização trouxe também um ambiente digital cada vez mais suscetível a golpes sofisticados.
Em 2025, 38% da população brasileira foi alvo de tentativas de fraude bancária. Roubo de dados, phishing e clonagem de cartões figuram entre as modalidades mais comuns. Esse cenário reforça a urgência de estratégias eficazes para proteger o patrimônio financeiro de indivíduos e empresas.
O Brasil deverá investir R$ 104,6 bilhões em segurança digital entre 2025 e 2028, um aumento de 43,8% em relação ao ciclo anterior. Mesmo com esse crescimento, o custo médio de uma violação de dados no país alcançou US$ 1,36 milhão em 2024, diante de US$ 4,88 milhões globalmente.
Esses números evidenciam o impacto direto nas finanças corporativas e o peso de falhas de segurança na reputação e na estabilidade do setor bancário e de fintechs.
Além desses, técnicas como injeção SQL, cross-site scripting (XSS) e credential stuffing contribuem para uma onda contínua de ataques sofisticados. A motivação financeira é responsável por 52% das investidas, incluindo extorsão e ransomware.
O Brasil enfrenta uma escassez crítica de profissionais especializados. É estimada a necessidade de formar 30 mil novos especialistas em cibersegurança até o fim de 2025. Em 2023, apenas 1.849 graduados se somaram ao mercado, criando um descompasso grave.
Mais da metade das empresas violadas notifica falta de pessoal dedicado, o que eleva em média US$ 1,76 milhão os custos por incidente. Ainda que a segurança de TI seja reconhecida como terceira maior prioridade, os investimentos direcionados ficam abaixo do necessário para fechar esse gap.
A Inteligência Artificial acelera tanto a defesa quanto o ataque. Ferramentas maliciosas automatizam phishing e malwares com conteúdos cada vez mais convincentes. Ao mesmo tempo, soluções de detecção baseadas em IA aprimoram a capacidade de resposta a incidentes.
Open Banking e PIX, símbolos da inovação financeira brasileira, abriram novos vetores de ataque. Fraudes via APIs expõem interfaces vulneráveis e estimulam ataques focados em engenharia social e deepfakes de atendimento.
Indivíduos e empresas compartilham a responsabilidade de fortalecer suas defesas. Adotar medidas preventivas é essencial para manter a segurança no dia a dia.
Com os investimentos projetados, espera-se um reforço substancial das defesas cibernéticas no Brasil. Ainda assim, a sofisticação dos ataques deve se manter em alta, exigindo atualização constante de profissionais e tecnologias.
A educação do usuário final, aliada a uma cultura de cibersegurança sustentável, será determinante para proteger o patrimônio financeiro. A responsabilidade é compartilhada entre empresas, governo e cidadãos, em um esforço conjunto para mitigar riscos e garantir que a inovação digital continue a beneficiar a sociedade sem expor fortunas ao perigo.
Referências