Em meio a um cenário global de incertezas e mudanças estruturais, a América Latina emerge como um terreno fértil para quem busca oportunidades de investimento com propósito e retorno. Este artigo aprofunda tendências, dados e perspectivas, proporcionando ferramentas práticas para investidores e interessados na região.
Em 2023, a América Latina e o Caribe captaram 48,9% dos investimentos estrangeiros diretos destinados a economias emergentes, deixando para trás a Ásia em novos aportes. Esse volume elevou a participação regional a cerca de 15% do IED global, o dobro de sua fatia no PIB mundial.
O valor dos projetos anunciados cresceu 16% em 2023, impulsionado por megaprojetos em energia renovável, mineração e automotivo. Apesar de um ritmo moderado, o PIB deve avançar a 2,5% em 2025, comparado a 2,1% em 2024. Esse movimento reflete tanto desafios globais quanto um apetite crescente por diversificação.
A reorganização de cadeias de suprimento torna o nearshoring um fator central, com empresas voltando-se para México e países vizinhos. Políticas ambientais e transição energética atraem capital para commodities estratégicas, enquanto tensões geopolíticas e alta inflação nos EUA reforçam a busca por alternativas.
O cenário global de instabilidade, marcado por tensões entre EUA e China e pela guerra na Ucrânia, faz investidores considerarem a América Latina uma base sólida de diversificação, unindo potencial de crescimento e recursos naturais.
A criação de empregos na região tem crescido em média 3,8% ao ano nos últimos quatro anos, refletindo maior dinamismo econômico e absorção de mão de obra em setores modernos. As remessas, que atingiram US$ 63 bilhões para o México em 2023, correspondem a 3,5% do PIB nacional, reforçando seu impacto no consumo interno.
Investir em programas de capacitação e inclusão digital se mostra vital para elevar a produtividade e garantir que o crescimento econômico seja equitativo. A adoção de políticas públicas alinhadas ao mercado pode potencializar resultados e atrair ainda mais capital.
Analistas globais adotam um otimismo cauteloso ao avaliar a América Latina. Conferências internacionais, como a realizada pela Arábia Saudita no Rio de Janeiro, evidenciam a crescente atratividade de megaprojetos em energia e infraestrutura. Além dos gigantes México e Brasil, países menores, como Costa Rica, República Dominicana e Uruguai, ganham atenção pelo dinamismo e estabilidade.
O futuro aponta para um ciclo virtuoso: a combinação de uma base de recursos naturais estratégica, políticas de ESG emergentes e avanços tecnológicos cria um ambiente propício para investimentos transformadores. Para quem busca diversificar carteiras, entender esse ecossistema é o primeiro passo rumo a retornos consistentes e ao impacto positivo.
Convidamos investidores, empreendedores e formuladores de políticas a desbravar esse cenário único. Ao alinhar capital, inovação e propósito, a América Latina pode não apenas atrair mais recursos, mas também elevar seu padrão de desenvolvimento e bem-estar social.
Referências